Arábias: Blogueiro marroquino ataca o Golfo Pérsico

O blogueiro marroquino Adilski atacou o Golfo Pérsico nessa postagem, que estou [Amira] traduzindo do árabe. Descontente com o tipo de atenção que as mulheres marroquinas ganham na imprensa do Golfo, Adilski segue pintando os cidadãos do Golfo Árabe como gays e lésbicas, vivendo em cidades opressoras e ensejando a liberdade.

تشن قناة العربية حربا لا هوادة فيها على المجتمع المغربي ،وخصوصا على نسائه. و الظاهر أن القناة التي تبث برامجها من دبي بأموال سعودية تعتمد في تقاريرها الاتية من المغرب على دغدغة تلك الأحكام المسبقة المترسخة في مخيلة المواطن الخليجي. فالمرأة المغربية تصور في هذه التقارير كتلك المرأة المائعة المنغمسة في بحر الملذات و الإثارة الجنسية و طقوس السحر الرامية إلى سلب عقول و جيوب الرجل الخليجي.
بطبيعة الحال لا أحد ينكر أن البطالة و الفقر و الماديات دفعت بكثير من الفتيات إلى عالم الدعارة كحل للإسترزاق إما عن طيب خاطر أو عن سداجة ممسوجة بالطمع في زوج ثري أو مستقبل أحسن. لكن الغير عادي في تغطية هذه القناة المتواجدة في الخليج ، مرتع النفاق الإجتماعي بامتياز ، انتشار اللوطية و السحاقية بين أبناء و بناتهم المحرومين و المحرومات من بعض الحريات التافهة بالمقاييس الدولية، الأمر الغير عادي هو الإستهلاك المبالغ فيه لمواضيع سلبية ، و أحيانا لا أساس لها من الصحة، حول المرأة المغربية.

A TV Al Arabiya está declarando guerra à sociedade marroquina, e em particular às suas mulheres. Ao que parece, o canal, que é transmitido de Dubai e é sustentado por dinheiro da Arábia Saudita, depende se suas reportagens do Marrocos para alimentar os preconceitos encontrados na imaginação do povo do Golfo Pérsico. Nessas reportagens, a mulher marroquina é retratada como indulgente e mergulhada em luxúria, prazeres sexuais e rituais mágicos com o objetivo de roubar tanto as mentes como o dinheiro dos homens do Golfo Pérsico. De qualquer modo, não é possível negar que desemprego, pobreza e materialismo forçam um monte de garotas a virarem prostitutas como solução, seja para fazer a vida ou por causa da ingenuidade deles, misturada com uma certa ganância de arranjar um marido rico e ter um futuro melhor. O que é fora do normal na cobertura desse canal, que se encontra no Golfo – a fossa da hipocrisia social por excelência – onde há alastramento de homossexualidade e lesbianismo entre seus filhos e filhas desprovido, a quem falta liberdade em um nível internacional. O que não é normal é o consumo exarcebado de notícias negativas, que às vezes não tem base nenhuma, quando o assunto é a mulher marroquina.

طبعا الكل يعرف أن المرأة المغربية عند العرب، و خصوصا الخليجيين، هي بمثابة تلك المراة
exotic ذات اللكنة الأمازيغية الجدابة ذات المهارات اللغوية و القدرة على الجمع بين الأصالة في اللباس و نمط العيش و المعاصرة في القدرة على الإندماج في الحياة العملية خارج المنزل.
فهي تستطيع أن تعمل خارج المنزل في المدرسة، الشركة، و الصيدلية بكل ثقة و كفاءة كما تستطيع أن تؤدي دورها كربة منزل ، تدير مطبخها بنفسها بدون الإستعانة بخادمة و أن تربي أبناءها و تعتني بزوجها. فهذا الأمر بالنسبة اللمرأة الخليجية هو من سابع المستحيلات نظرا لظغوط المجتمع و طبيعته البدوية حيث تغيب ثقافة المساواة بين الجنسين أو عقلية الإنفتاح على ثقافات أخرى.
تراكم هذه العوامل يولد نوعا من الغيرة و الغبن عند بعض الخليجيين، فيأتي دور قناة العربية لتلعب على هذه الوثرة الحساسة و تدغدغ الأنا الخليجى مع إيجاد بديل قريب و عربي لتفادي التطرق إلى الكثير من الظواهر الشادة في المجتمع الخليجي.

Claro, todos sabem que as mulheres marroquinas são para os Árabes, especialmente no Golfo Pérsico, mulheres com o sotaque exótico de Tamazight [en], a habilidade para idiomas, a facilidade em combinar roupas tradicionais com as de um estilo de vida moderno, assim como a habilidade de se adaptar ao trabalho fora de casa. Elas podem trabalhar em escolas, empresas e farmácias, com toda a competência e ainda cumprir o seu papel como dona de casa, tomar conta da cozinha com a ajuda de uma empregada, ao mesmo tempo que cria seus filhos e cuida do marido. Isso seria impossível para as mulheres do Golfo Pérsico por causa da pressão da sociedade e das tradições beduínas, onde falta a cultura de igualdade entre os sexos e não há exposição a outras culturas. O acúmulo desses fatores causa inveja entre outros cidadãos do Golfo, onde as mulheres árabes têm que cumprir um papel e agir como um substituto que está perto e é árabe, o que expõe um monte do estranho fenômeno nas sociedades do Golfo.

ؤ يبقى هذا حكم القوي على الضعيف، حكم الغني على الفقير، حكم الخليجي على المغربي إلى أن تنظب ابار النفط يوما ما لا قدر الله.

Essa continua a ser a lei do mais forte contra o mais fraco, o julgamento do Golfo Pérsico sobre o Marrocos… Até que o petróleo deles seque um dia, que Deus os livre.

O Golfo Pérsico é formado por Bahrain, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Oman e os Emirados Árabes Unidos.

(texto original de Amira Al Hussaini)

 

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.

Inicie uma conversa

Colaboradores, favor realizar Entrar »

Por uma boa conversa...

  • Por favor, trate as outras pessoas com respeito. Trate como deseja ser tratado. Comentários que contenham mensagens de ódio, linguagem inadequada ou ataques pessoais não serão aprovados. Seja razoável.