Semana passada, o pedido de extradição do ex-presidente Aberto Fujimori foi negado por um juíz chileno, o país onde ele está agora. Essa notícia provou causar um forte impacto e apesar de que vão apelar da decisão na Suprema Corte Chilena, parece que o resultado final disso não sera o que esperávamos que fosse. Maxwell A. Cameron escreve sobre isso no post “Ignorant Justice” no blog Peru Election 2006[EN].
Esta decisão do juiz chileno Orlando Alvarez de negar o pedido do Peru para extraditar o ex presidente Alberto Fujimori denota uma ignorança memorável sobre a a natureza do redime civil-militar que se deu no Peru entre 1990 and 2000. A decisão foi um escândalo, tanto no Peru quanto ao redor do mundo, levando a criticismo pela Anistia Internacional, o Human Rights Watch, o Escritório de Washington na América Latina, e o grupo guarda-chuvas peruano pelos direitos humanos APRODEH. Repulsa também foi expressa por muitos blogueiros peruanos, muitos deles podem ser encontrados aqui.
Em outras notícias, a onde de greves e protestos não deixou o país descansar. Soluções foram encontradas para a greve de vários dias em Yurimaguas e a em Iquitos, que foi paralizada antes mesmo de começar (houveram 2 dias de greves, mas a greve indefinida nunca realmente se materializou). De qualquer forma, a cidade que experenciou uma greve, que acabou virando uma coisa muito séria, foi Pucallpa ou a região de Ucayali. Infelizmente, poucos blogs escreveram sobre o assunto, a maioria apenas repetiu as notícias que chegaram pela mídia. Entretanto, dois post chamaram minha atenção, um do Gran Combo Club [ES] chamado Defendendo a Exoneração de Impostos [ES] (o motivo da greve), onde o assunto foi discutido:
“Las protestas ante algunas medidas llegan con retardo, pero llegan. El tema viene de antes y sólo ahora, con algo de retardo, viene la resistencia a la eliminación de las exoneraciones. En su momento, el anuncio de la eliminación de las exoneraciones en la selva generó una ola especulativa en la selva (ver ¿Lucho Carranza=César Vásquez Bazán?). No generó protestas inmediatamente. Pero ahí las tenemos. A veces quien lleva a cabo una medida de política económica ignora las reacciones que esta medida generan. Como quienes se encargan del orden público son otros, puede ser que no se incorpore al cálculo costo-beneficio que la medida genera. Stackelberg nos dio el criterio de incorporar la reacción de nuestro oponente cuando se decide sobre una acción. No suena a que en un país tan conflictivo se haya tomado en cuenta la reacción de las regiones.”
“Os protestos contra essas medidas foram atrasados, mas ainda chegaram. Esse assunto já foi levantado antes, mas somente agora, depois de um certo atraso, que a resistência a essa exoneração apareceu. Esse anúncio causou uma onda de especulações (veja Lucho Carranza-César Vásquez Bazán?[ES]) Isso não causou os protestos imediatamente, mas agora eles chegaram. Algumas vezes, aqueles que fazem as decisões em relação à política econômica não o fazem levando em conta o cálculo do custo-benefício que tais decisões produzem. Stackelberg nos provê com o critério de se lever em conta a reação de nossos oponentes a uma decisão. Não parece que, em um país em conflito, tais reações regionais foram levadas em conta.”
Outro post é “Reaja, Alan! [ES]” do blog Sin Azucar [ES] tocando no assunto de uma perspectiva menos acadêmica e mais voltada à de uma pessoa comum. Assim como o post anterior se foca no problema nos oficias dos ministérios competentes (ou incompetentes), e na macroeconomia, Kat, a blogueira do Sin Azucar [ES] fala sobre o que acontece agora quando os chefes de família estão furiosos por estarem pessoalmente implicados no assunto, já que suas famílias vivem em cidades e perderam a comunicação com suas famílias devido à radicalização da greve na normalmente calma e bonita cidade de Pucallpa.
“Hace algunos años … el gobierno decretó que la amazonía estaría exonerada de impuestos respecto del combustible. Sin embargo, como en toda situación, ese hecho fue aprovechado para realizar el tráfico de combustible hacia Lima, ya que la ganancia en masa por diferencia centesimal podría volver millonario a cualquiera. … Lo cierto es que el gobierno, en vez de realizar un seguimiento y capturar a los culpables decidió quitarle los beneficios a la selva. Eso significaría que el costo de vida de Ucayali sería como el de Lima, pero la producción seguiría siendo como la que tenía. Lo curioso es que Ucayali es uno de los departamentos que más tributa al estado. Y el pueblo ha decidido simplemente no dejarse bajar los pantalones y actuar como hizo Iquitos. Los iquiteños alzaron su voz de protesta y no se les quitó la exoneración. No obstante los demás departamentos si están enfrentando este problema. Ello acarrea muchas pérdidas, que sumadas al paro de Ucayali significan 12 millones de soles de pérdidas diarias ya que no funciona absolutamente nada. Ya han muerto 4 personas. La ciudad parece un pueblo fantasma y poco a poco la comunicación vía internet y teléfono se hace cada vez más esporádica.”
“A alguns anos, o governo divulgou um decreto que dizia que a região da Amazônia será exonerada dos impostos em cima dos combustíveis. Entretanto, como em todoas as situações, indivíduos que queriam fazer parte do tráfico de combustível para Lima tiraram vantagem disso, agora que os lucros macissos devido à diferença decimal no preço dos combustíveis pode trasnformar qualquer um em um milionário. O governo, ao invest de seguir e prender os culpados, decidiu tirar esse benefício da região amazônica. Isso quer dizer que o custo de vida daqueles que vivem em Ucayali sera o mesmo que daqueles que vivem em Lima, mesmo que a produção continue a mesma. è interessante notar que Ucayali é uma das regiões que mais contribuem para o Estado. O povo resolveu simplesmente não aceitar isso e seguiram o exemplo de Iquito. O povo de Iquito levantou a voz em protesto e eles não tiraram a exoneração. Outras regiões estão encarando esse problema, que significa muitas perdas.A greve de Ucayali significa 12 milhões em perdas diárias porque isso não está funcionando. Quatro pessoas já morreram e a cidade parece uma cidade fantasma. Comunicações via internet e telefone estão ficando cada vez mais esporádicas.”
Outros artigos sobre como a greve se desenvolveu podem ser achados no Útero de Marita [ES], cuja autora estava em Purús (Ucayali), cobrindo a snotícias e escreveu sobre as negociações entre os líderes grevistas e o governo em seu post “Direto de Pucallpazo [ES]”. Enlace Nacional [ES] também publicou vários vídeos sobre a greve em Pucallpa, e fez o mesmo com as greves nacionais dos professors da SUTEP (União dos Trabalhadores em Educação do Peru) em este outro post especial.
(texto original de Juan Arellano)
Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.