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Sudão: As tropas da ONU – UA em Darfur, Escola de Ensino Fundamental Ridiculamente Cara, Retorno da Vida Selvagem no Sul do Sudão e as Reações a um Blogue Sudanês Gay

Categorias: Artigo popular, Sudão, Direitos LGBT, Educação, Etnia e Raça, Guerra & Conflito, Meio Ambiente, Política, Relações Internacionais, Religião

Já faz algum tempo desde o último apanhado sobre a blogosfera sudanesa, mas agora estou de volta com outra cobrindo uma variedade de tópicos incluindo as reações raivosas a um novo blogue de um sudanês gay.

Wholeheartedly – Sudaniya postou a seguinte charge [1] sobre a demorada reação da ONU em relação ao envolvimento de Darfur com a China:

[2]

The Sudanese Thinker compartilhou seus pensamentos [3] sobre as recentes notícias da permissão das tropas da ONU – UA em Darfur dada pelo Sudão:

“As for Sudan’s acceptance of UN-AU troops in Darfur, do not forget that it is conditional. There are demands that the force be fully comprised of soldiers from African countries and that it be under AU control. Those 2 things still need to be worked out. I wasn’t so excited when I first heard the news since I thought it was the old usual “let’s waste more time” tactic. I view things differently now. I’m actually quite ecstatic over the development but I’m just being a little cautious [4] and I’d advise you to be too. “

“Sobre a permissão das tropas da ONU-UA em Darfur dada pelo Sudão, não se esqueça que ela é condicional. Há exigências de que as forças consistam apenas de soldados de países africanos e que estejam sob o controle da UA. Estes dois pontos ainda precisam ser trabalhados. Eu não fiquei muito animado logo que ouvi as notícias já que pensei que era a velha e costumeira tática do “vamos perder mais tempo”. Agora tenho uma opinião diferente. Estou na verdade um tanto absorto com o desenvolvimento, mas estou apenas sendo cauteloso [4] e aconselho você a ser também.”

Amjad, um blogueiro sudanês morando em Oman [5] nos conta sobre a Escola Comunitária Internacional (Khartoum Khartoum International Community School [6] – KICS) e o preço ridiculamente caro cobrado nas taxas desta escola fundamental:

“Imagine, the fees for nursery is about 17,840 New Sudanese Pound. $1 USD = 2.1 NSP, so let’s divide that amount into 2.1. 17,840/2.1 = $8495 USD. What the heck? over $8000 USD for nursery school? lool .. Now let’s see the fees for High School. For grades 10 and 11 the fees are 31,240 NSP which is about $15,000 USD. And for grades 12 and 13 is about $16,500 USD. “

“Imagine, as taxas da escola fundamental custam cerca de 17.840 novas libras sudanesas. USD$1=2,1NSP, então, divida aquele valor por 2,1 e dará 8.495 dólares americanos. Que diabos é isso? Mais de 8 mil dólares para estudar em um colégio de ensino fundamental?*Risos* Agora vejamos as taxas para o ensino médio. Para a 10ª e 11ª série, as taxas são de 31.240 NSP, que corresponde a mais ou menos 15 mil dólares. E para a 12ª e 13ª, cerca de 16.500 dólares.”

Outro ponto controverso que surgiu recentemente foi a reação raivosa de alguns sudaneses contra um novo blogue de um sudanês gay chamado Ali [7].Eis um exemplo dessa reação:

“nigga go read a book or something damn, and quit that r’n'b sh*t you listenin to, im sure craig david got more influnce on you than anyone else and yeah, am homophopic you stupid f*ck lol”

“vai ler um livro ou alguma coisa que preste, seu preto, e pára de ouvir essa porcaria de r&b, tenho certeza que o craig david te influenciou mais que qualquer outro e sim,eu sou homofóbico seu m*rda,hahaha”

Isto [7] é o que Ali tinha a dizer:

“Well, I’m Sudanese and Proud Gay Also. As far as I know I have all the rights to post and post whatever I want to as long as I’m not hurting anyone. “

“Bem, eu sou sudanês e também tenho orgulho de ser gay. E pelo que sei eu tenho todo direito de postar e postar o que eu quiser, desde que eu não esteja ofendendo ninguém.”

Enquanto isso, Black Kush não está satisfeito [8] com um informe que lista o Sudão como o Estado mais falido do planeta:

“I find the recently published Failed States Index 2007 [9] utterly unbelievable and rubbish. It is one of these publications that doesn’t hold water. I have a lot of grievances with my country, but I don’t consider it a failed state. For this am sure.

The Index puts Sudan at the top of the list, followed by Iraq and Somalia. Every sane man on the planet knows that there is no government in Somalia for the last ten years. Actually there was no STATE! And how will you describe the carnage raging in Iraq, with a hopelessly impotent American-backed government? It is in a state of civil war, a government that doesn’t have control over its territories, etc.

…You can call Sudan what you want, but not failed: ask Somalis and Iraqis what they think first!”

“Penso que a recentemente publicada Lista de Estados Falidos de 2007 [9] é completamente inacreditável e pura bobagem. É uma dessas publicações que não sustenta o que diz. Tenho muitas queixas a fazer sobre meu país, mas não o considero um Estado falido. Disso eu tenho certeza.

A Lista coloca o Sudão no topo, seguido do Iraque e da Somália. Qualquer homem mentalmente são no planeta sabe que não há governo na Somália nos últimos 10 anos. Na verdade, não há nenhum ESTADO! E como descrever a furiosa carnificina no Iraque, com um desesperançoso e impotente auxílio do governo norte-americano? Está em estado de guerra civil, um governo que não tem controle sobre os próprios territórios,etc.
…Você pode chamar o Sudão do que bem entender, mas não de falido: pergunte primeiro aos somalianos e iraquianos o que eles acham!”

E por último, mas não menos importante, Black Kush também postou belíssimas fotos [10] da vida selvagem retornando ao Sul do Sudão depois de duas décadas de longa e sangrenta guerra civil:

[11]

(Texto original por Drima [12])

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online [13]. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português [14], com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista [15]. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui [14]. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui [16].